quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Acesso invernal à montanha: o mal necessário das viaturas

A viatura partilhada, apesar de poluente, continua a ser um mal necessário, mas eficaz de atingir o ponto de partida para um maciço montanhoso, com disponibilidade imediata e até como base de apoio logístico. Durante o inverno, para que não existam surpresas no acesso, mas sobretudo no momento do regresso, alguns cuidados suplementares devem ser tomados: Correntes: devem ter sempre um par no porta bagagens (eventualmente, para os preciosistas, uma pá também). Têm de ser na medida exata do pneu (por exemplo 205/50/17). Atualmente existem umas de têxtil, mais caras, mais eficazes, e que se adaptam a um grande leque de medidas de pneu (as correntes abarcam apenas pequenas variações de jante e largura, por exemplo 205/50/17 ou 195/55/16). Treinem em casa ou na garagem a colocação das correntes com as mãos quentes e boa luz. Num col, de noite e com rajadas de neve na cara torna-se sempre um pouco mais difícil. Bateria: quem tenha uma bateria com mais de 4 anos, que pega com dificuldade de manhã, é agora que vai ficar sem bateria. Claro que se resolve com outra viatura de frente (prever essa posição no momento de estacionar) mas aí convém ter também uns cabos de bateria convosco. Combustível: a gasolina é sempre um descanso. Já o diesel, que em Portugal não levanta problemas (não faz frio em Portugal) nos Pirenéus, por exemplo, com temperaturas inferiores a 10 negativos, é certo que irá parafinar e não conseguem por o carro em marcha. Solução: meter no depósito, antes de estacionar, um aditivo anti congelante próprio (não é anti congelante de refrigeração) ou abastecer com até 5% de gasolina, misturada com o diesel, que limpa injetores e impede de parafinar. Dica: quando forem para Andorra abastecem sempre à chegado com diesel andorrenho. Tem aditivo de origem para 8 negativos, que em Espanha não existe. Entre 8 e 20 negativos (que se verifica uma boa parte dos invernos) só com aditivo extra. Vidros: deixem sempre os limpa para brisas levantados (caso exista previsão de queda de neve). No regresso, utilizar uma espátula de plástico ou borracha para raspar a neve e o gelo agarrado. Uma de raspar os bolos desenrasca, mas existem á venda nas estações de serviço das zonas de montanha, boas e baratas. Kit de inverno: tenham sempre à mão no carro um conjunto de luvas de trabalho, um gorro, um frontal. Nada pior que colocar correntes com as mãos geladas e uma lanterna enfiada na boca, ao melhor estilo da bairrada. Alguma comida e água pode ser uma boa ideia em zonas isoladas ou de todo o terreno invernal. Bonne Route, como se lá pelos Alpes

1 comentário:

Alpine disse...

Em dezembro de 2016, a IP colocou ao serviço um novo limpa-neves: Com um modo de atuação diferente dos usuais limpa-neves, que com as pás frontais afastam a neve acumulada para a berma da estrada, este veículo utiliza um sistema rotativo de lâminas para cortar a neve, recolhe e projeta-a para zonas mais afastadas da rodovia, diminuindo assim o risco de os fortes ventos que normalmente se fazem sentir no maciço central da Serra da Estrela, a voltem a lançar a neve existente junto à berma para a plataforma rodoviária. RM