sexta-feira, 10 de julho de 2015
O improvável alpinista Maurice Wilson e sua tentativa louca no Evereste em 1934. A primeira tentativa em estilo alpino ligeiro?
Autor: Martin Gutmann
Publicação do original em inglês em Climbing.com
Tradução livre e adaptação: Rogério Morais.
Em 1933, duas décadas antes do Everest ter sido escalado pela primeira vez (por uma enorme expedição liderada pelos britânicos), Maurice Wilson, um inglês de 34 anos de idade, declarou ao mundo que iria escalar o pico sozinho. Além disso, ele iria viajar até ao campo base num voo a solo desde Inglaterra. Antes da sua morte nas encostas geladas do norte do Everest, no verão de 1934, Wilson tornou-se uma das figuras mais controversas da história do montanhismo, idolatrado e insultado pelos comentadores na imprensa, público, governo, e meios “clássicos” do montanhismo.
O corpo de Wilson tem continuamente ressurgido de seu túmulo glacial, com sucessivos enterros não muito bem sucedidos por posteriores expedições (pela primeira vez em 1959, e ainda em '75, '85, '89, e novamente em 1999. Uma boa parte da sua história desapareceu e seu verdadeiro legado permanece obscuro. Ele era um místico enlouquecido? Um pioneiro das táticas alpinas modernas, visionário, com abordagem hiper ligeira e rápida? Ingénuo, mero aspirante a alpinista?
Wilson era, sob qualquer ponto de vista, um candidato improvável para ser o primeiro no topo do mundo. Um herói de guerra menor, tinha sido baleado duas vezes durante a terrível guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial, deixando seu braço esquerdo permanentemente imóvel. Nos anos que antecederam a sua escalada, Wilson também sofria de tuberculose e teve um colapso nervoso. Além disso, a sua capacidade de perseverar parecia questionável, para utilizar um eufemismo: ele tinha uma propensão para vaguear sem rumo, o seu percurso pós-guerra, em todo o mundo, deixou um rasto de uma série de trabalhos inacabados e de esposas abandonadas. Mas mais questionável ainda, Wilson nunca antes tinha pilotado um avião, nem tinha já escalado uma montanha.
Após dois meses de aulas de voo no Clube de Aviação de Londres e com uma queda com consequências apenas na fuselagem no currículo, bem como algumas caminhadas no Lake District, Wilson decolou em 21 de maio de 1933. Incapaz de pagar um avião moderno e eficaz, optou por um “usado” de 1925, um simpático mas vetusto Gypsy Moth. Longe da imagem e da tecnologia do avião“ St. Louis”, feito à medida para o seu contemporâneo Charles Lindbergh, o de Wilson, apropriadamente chamado Ever-Wrest, era um biplano de cabine aberta, que lembra mais o que os irmãos Wright tinham usado, do que os lisos e resistentes “Spitfires” e “me 210’s”, que caracterizavam os feitos aéreos desta década. Como Wilson partiu através do Canal Inglês, ele deixou uma enxurrada de primeiras páginas de jornais e de enorme notoriedade mediática atrás dele.
Com uma autonomia de combustível para 620 milhas, com dados relevantes a ter em conta no âmbito da geografia, orografia e tempo de voo para considerar, a rota de Wilson percorreu todo o mapa disponível: Londres para Freiburg, Freiburg para Passau, seguida de uma tentativa abortada de atravessar os Alpes e uma retirada estratégica de volta para Passau e Freiburg. Wilson finalmente voou sobre os Alpes Ocidentais para Roma, onde a notícia do seu projeto precedia o seu desembarque e onde uma recepção grande e entusiasta o aguardava. Poucos dias depois, durante o voo através do Mediterrâneo em direção à Tunísia, Wilson, pela primeira vez na sua curta carreira de piloto, foi forçado a voar através de um cobertura de nuvens completa, com visibilidade zero, um desafio ao seu curto currículo que de alguma forma conseguiu superar. Uma semana depois de deixar Londres, Wilson chegou ao Cairo, e alguns dias depois a Bagdad. Os jornais foram à loucura!
Histórias de montanhismo tinham sido notícia de primeira página nos anos 1920 e 30, numa atmosfera semelhante à das décadas posteriores em relação à corrida ao espaço e á conquista da Lua. E a história de Wilson era, como é bom de ver, particularmente interessante. Mesmo o Times, um marco do jornalismo respeitável e responsável de Londres, ficou envolvido na campanha publicitária Wilson, apesar de relatar em tons mais reservados do que os seus concorrentes mais preocupados com as tiragens. Entre 1933 e 1934, o Times publicou 151 artigos apenas sobre o Monte Everest, quase 100 dos quais mencionavam o projeto de Wilson.
Infelizmente para Wilson, nem o governo britânico nem os meios “clássicos” do montanhismo era tão entusiastas com o seu esforço como o público era. Embora o Everest permanecido virgem, isso não foi por falta de tentativas sérias e “pesadas”. Nos anos 1920 e 30, numerosas expedições britânicas tentaram conquistar a montanha, incluindo a malograda expedição de 1924, durante a qual os jovens mas experientes George Mallory e Andrew Irwin desapareceram. O que todas estas expedições tinham em comum (além de falharem o objetivo) foi a sua grande escala, caráter militar, estreita supervisão do Alpine Club e da Royal Geographic Society. Essas instituições de elite, de classe alta, com ligações estreitas ao governo e aos militares, não vê com bons olhos nações estrangeiras ou não-membros da “sua” elite tentarem pelos seus meios a conquista do "terceiro pólo". (Mallory, apesar de ser o único socialista entre esta elite, era simplesmente demasiado bom escalador para poder ser ignorado). Embora muitos membros do Clube Alpino gostarem do montanhismo per si, estas expedições eram muito mais do que prazer ou realização pessoal: buscavam a glória nacional.
O planeamento da rota de voo de Wilson iria levá-lo ao longo do território persa e, finalmente, para o Nepal ou o Tibete. Expedições anteriores tinham invocado e utilizado do alto nível de intimidação diplomática britânica para forçar esses países, relutantes em emitir as licenças necessárias. No caso de Wilson, no entanto, o governo indiano (ainda britânico até 1947) e o Ministério da Aeronáutica deram-lhe apenas a vã garantia de que não ofereceriam nenhum tipo de apoio. A implicação desta falta de apoio a Wilson, bem como a sua evidência atroz, apenas seria notória e marcante em Bagdad. Sem autorização persa próxima, ele foi forçado a virar a rota a sul, ao longo da Península Árabe, eventualidade que ele se tinha recusado a considerar, uma vez que não tinha mapas. Imperturbável, ele consultou um atlas infantil e, em seguida, partiu para um voo de 620 milhas a partir de Bagdad, para o próximo campo de aviação no Bahrein. Voar no verão, com temperaturas escaldantes, é um desafio para a autonomia deste tipo de aparelhos, e ele conseguiu pousar pouco antes de ficar sem gasolina.
No Bahrein, pela primeira vez, as autoridades britânicas intervieram ativamente para impedir o progresso de Wilson. Um oficial de polícia convocou Wilson para o seu gabinete e informou-o que a RAF, Real Força Aérea, tinha declarado o espaço aéreo em frente "fechado ao tráfego aéreo civil"! Wilson foi convidado a voltar imediatamente para Bagdad ou parar a viagem. Sempre otimista, Wilson usou a sua entrevista como uma oportunidade para deitar um olhar sobre um grande mapa na parede do oficial e anotar algumas notas na sua mão, enquanto este último estava distraído. Wilson tomou imediatamente a decisão de partir, fingindo um voo de volta para o Iraque. Depois virou o avião em direção ao leste da Índia britânica. Algures ao longo desta ligação de 745 milhas, distância teoricamente além da capacidade do seu avião de motor cansado, o intrépido Ever-Wrest ameaçava uma desgraça completa. Wilson foi forçado a realizar os procedimentos de emergência complexos que ele tinha, sem dúvida, pouco ou nada praticado, durante a sua breve aprendizagem de voo. Ele acabou por pousar em segurança em Gwadar ao por do sol. Com esta maratona de um dia de voo, no seu avião de baixa autonomia e com as suas fracas competências de voo, Wilson conseguiu um feito não menos espetacular do que... bem, talvez não menor do que subir ao cume do Everest.
A partir de Gwadar, Wilson necessitou apenas de alguns dias de voo descontraído para chegar ao último aeródromo na Índia antes da fronteira nepalesa. Como a imprensa foi rápida em notar, ele tinha viajado algo como 4.350 milhas em 17 dias. Seja qual tenha sido a alegria e motivação que Wilson poderia ter tomado a partir desta espetacular realização, no entanto, esta foi rapidamente frustrada. A polícia britânica local prontamente apreendeu o seu avião e o próprio Wilson foi colocado sob vigilância. Mas Wilson não desistiu. Com a monção em pleno andamento, ele viajou as 186 milhas por estrada até à fronteira com o Nepal, onde tentou, em vão, fazer uma chamada telefónica direta ao rei. O burocrata de Kathmandu no outro lado da linha não se deixou influenciar pela retórica de Wilson. Não haveria nenhuma autorização, seja para voar, para caminhadas, ou muito menos para escalar o Everest pelo lado nepalês.
Wilson vendeu o seu avião e mudou-se para Darjeeling, na Índia, onde tentou garantir uma autorização para abordar e subir a montanha pelo lado tibetano (face à recusa nepalesa). Sem sorte! Implacável, Wilson passou o outono e inverno treinando em Darjeeling, o tempo todo dando o seu melhor para convencer as autoridades locais, sempre vigilantes, de que tinha abandonado seus planos Everest. Numa manhã no final de março de 1934, disfarçado como um lama tibetano e acompanhado por três carregadores Bhutaneses, Wilson escapou da cidade e partiu através do Sikkim em direção ao Tibete. Viajando de noite, os 4 homens chegaram à fronteira tibetana numa estimulante viagem de 10 dias. À excepção de um homem idoso que, ao ouvir que um lama estava acampado do lado de fora de sua aldeia, sorrateiramente entrou na tenda de Wilson durante a noite, o grupo conseguiu permanecer incógnito durante toda a viagem. Em meados de abril, eles chegaram ao Mosteiro Rombuk, logo abaixo do campo base tradicional do Everest.
Com o mesmo espírito que ele mostrou durante o seu inacreditável voo sobre o interminável deserto escaldante, no verão anterior, Wilson partiu para ultrapassar o imponente Rombuk Glacier, na esperança de chegar aos 8.848 metros do cume do Everest no dia do seu aniversário, 21 de abril. Repetidamente perdeu o caminho ao longo do glaciar gigante, (nesta época não equipado com escadas e cordas fixas) mas conseguiu subir até aos 6.000 metros. Em algum lugar nas proximidades do Campo 3 de expedições anteriores, a cerca de 6.500 metros, instalou-se uma forte tempestade de neve, obrigando-o a retirar para a sua tenda no meio do glaciar durante dois dias e duas noites. Foi aqui, sozinho na sua tenda, que ele comemorou seu 36º aniversário. Naquela noite, a tempestade amainou e Wilson afundou-se através de meio metro de neve fresca, durante 16 horas, antes de chegar ao mosteiro.
De volta ao Rombuk, Wilson reviu todo o seu plano e convenceu dois dos seus carregadores Bhutia (agora promovidos a uma espécie de guias sherpa) para acompanhá-lo tão alto quanto o campo 3. Em 12 de maio, o grupo deixou o mosteiro e fez progressos rápidos pela montanha. Eles foram capazes de localizar o equipamento que Wilson havia deixado para trás no regresso da sua tentativa anterior, exceto os valiosos crampons, que ele tinha anteriormente deixado num esconderijo isolado não marcado. Após uma tentativa fracassada de alcançar o Colo Norte, Wilson partiu sozinho novamente em 29 de maio, pedindo aos seus carregadores para ficar no acampamento 3 durante 10 dias (um pedido que muito provavelmente seria ignorado). Esta foi a última vez que alguém viu Maurice Wilson vivo. No ano seguinte, Eric Shipton e o Dr. Charles Warren encontraram os seus restos mortais, bem como o seu diário, nas imediações do campo 3 britânico.
Não está claro a que altitude chegou Wilson realmente, antes de sucumbir à sua morte solitária, cerca de 2.300 metros abaixo do pico do Everest. Com toda a probabilidade, ele nunca chegou aos 7.010 metros de altitude do colo Norte. Ao tentar subir a encosta íngreme e gélida acima do campo 3, em direção ao Colo Norte, alguns dias antes, Wilson e os seus Bhutias experientes, rapidamente tinham sido forçados a voltar atrás. Wilson, é claro, não tinha crampons e não estava familiarizado com a técnica de talhar degraus. Sozinho, tecnicamente não qualificado, com um braço imobilizado, mas poderosamente impulsionado pela sua determinação e resiliência, Wilson provavelmente fez melhor na sua segunda tentativa na parede de gelo. No entanto, foi de novo forçado a retornar para a vizinhança do campo 3, para se dar conta da triste e fatal realidade dos seus carregadores já terem descido. Não existe nenhuma explicação para ter sido encontrado sem o seu saco de dormir, a uma curta distância do campo 3, com generosos depósitos de alimentos.
Embora inexperiente, o esforço de Wilson foi notável. O ponto mais alto atingido foi provavelmente medíocre, quando comparado com os seus contemporâneos mais fortes. Mallory tinha facilmente alcançado o Colo Norte durante a expedição britânica de reconhecimento em 1921; no ano seguinte, George Finch tinha conseguido subir acima dos 8.000 metros. Mallory e Irvine desapareceram em 1924, alguns acreditam que eles chegaram ao topo e cairam ao descer. Nos anos seguintes, a tentativa de Wilson foi muito debatida, não tanto nos detalhes da sua ascensão, mas sobretudo o seu estilo não-conformista, que foi comemorado, debatido, analisado.
Rumores e especulações correram sobre as motivações de Wilson, que vão desde ridículo e irrelevante, até outras mais elaboradas. Uma entrada da Wikipedia sugere que ele fez a escalada para promover, uma doutrina pseudomística cristã, de jejum e oração. Embora Wilson tenha alegado já estar curado da tuberculose, esta hipótese remota de cura de altitude pode ser o bilhete para a motivação Everest, (No seu diário, ele admite prontamente comer porções generosas de praticamente qualquer coisa que passasse pelas suas mãos.) Outra fonte afirma Wilson foi um cross-dresser travestido, que manteve um diário secreto de sexo alternativo. Aspetos dificilmente relevantes para a sua saga Everest. Ambos os rumores estão intimamente ligados à imagem criada sobre Wilson, promovida pelos meios estabelecidos do montanhismo: que ele era um louco diletante de tal forma imprudente, que apenas tentava um jogo perigoso, destinado a homens com experiência real. Vários comentadores e dirigentes do Alpine Club adulteravam a sua personalidade ardilosamente, exagerando na ingenuidade de Wilson e inventando detalhes fictícios.
É claro que Wilson era um escalador incipiente; é claro que ele não estava preparado para o Everest, mas ele não era um tonto. A ua viagem espetacular da Inglaterra para a Índia mostrou que ele não era apenas extremamente corajoso, mas também capaz de dominar competências complexas num curto espaço de tempo. Além disso, durante os meses em Darjeeling, ele procurou aconselhamento especializado dos muitos locais que haviam apoiado expedições britânicas anteriores, e concretizou inúmeras caminhadas alpinas para praticar e aclimatar. Adquiriu equipamentos especiais, tanto quanto podia sem o apoio do Alpine Club, incluindo personalizadas botas isolantes e uma tenda de altitude, roubada de uma expedição anterior ao Everest. O plano de Wilson para escalar o Everest sozinho era louco, mas era ele mais louco do que qualquer Mallory, Irvine, ou ainda os muitos aspirantes a cume que em tempos mais recentes tragicamente morreram, lembrando que a segurança no Himalaya em altitude é em grande parte uma ilusão?
A imagem condenatória de Wilson foi promovida pela simples razão de que o Alpine Club, a Royal Geographic Society, e o governo britânico insistiram que o pico mais alto do mundo poderia e deveria somente ser conquistada “pela e para” a nação. Essa crença surgiu diretamente a partir do clima de então: a Primeira Guerra Mundial, que tinha assumido para a Inglaterra ilusões de grandeza e infalibilidade nacional na guerra, tinha inequivocamente acabado. Em vez disso, a arena do desporto tornou-se no meio favorito para a competição entre as nações. (A ideia de que torcer por uma seleção de futebol poderia de alguma forma ser patriota teria parecido absurda 50 anos antes). O Montanhismo, um desporto mais simbólico, foi adotado pelo nacionalismo moderno.
Mas a Grande Guerra também tinha desencadeado um desejo de redenção individual. As sequelas da guerra não o deixaram grotescamente desfigurado, mas sim afetado emocionalmente. Os homens desta "geração perdida" encontraram consolo nas ideologias populistas de extrema-direita ou à esquerda, ou, como no caso de Wilson, numa busca de uma experiência pessoal marcante. Wilson foi o primeiro homem que se aventurou em direção a um pico do Himalaia sozinho, sem o apoio financeiro de uma associação de montanhismo, sem perícia nem logística militar, e, mais significativo, motivado por algo menos tangível, mas infinitamente mais poderoso, do que levantar a bandeira de uma nação. O facto de que ele ser capaz de voar de Londres até à Índia, caminhar para a base do Everest, e montar uma tentativa real e sustentada em direção ao cume com meios muito reduzidos, embora condenada ao fracasso, demonstra a força inabalável de espírito de Wilson. Ele tinha todas as qualidades, exceto competências concretas de montanha.
Alguns alpinistas de renome das gerações seguintes revelaram-se admirados e rendidos ao espírito de Wilson. Depois de descobrir o corpo e o diário de Wilson, Eric Shipton disse a polícia em Darjeeling que ele tinha ficado profundamente comovido com a convicção de Wilson, a elegância da sua tentativa, o seu amor pela natureza, e a sua crença de que todas as dificuldades poderiam ser superadas pela força de vontade. Tudo isto era muito evidente a partir da leitura do diário de Wilson. E quando Reinhold Messner acampou a 8.000 metros durante a primeira escalada a solo do Everest, ele perguntou a si próprio se estaria tão louco como Wilson. Esta pode ser a última lição da experiência de Wilson: a de que a linha que separa uma corajosa e exemplar busca (fútil ou não) ou uma desvairada e louca tentativa, é tão cinzenta como o céu tempestuoso.
O autor:
Martin Gutmann ensina história e montanhismo e executa o programa ao ar livre no internato internacional Ecole d'Humanité nos Alpes suíços.
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1 comentário:
Confiram por favor as extraordinárias semelhanças entre esta história e uma outra marítima, a da tentativa de viagem de circum navegação a solo de Donald Crowhurst, com final trágico a 10/7/1969, data da recolha do seu trimarã sem ocupantes. Ambos tentaram algo impensável para pessoas sem experiência (no fundo, bater um record mundial) e ambos pagaram com a vida tal ousadia.
RM Alpine
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